Apesar de só ter chegado a casa com a cria mais velha, já passava das 21h30, ainda consegui brincar um bocadinho com eles (coisa rara nos dias que correm entre fazer jantar, tratar deles, jantar, arrumar cozinha, roupas, etc).
Para além dos nossos já habituais moches - que não passam de uma desculpa para eu estar deitadinha no chão e os miúdos saltarem para cima de mim - ontem introduzimos a brincadeira da troca de papéis - eu sou a bebé, eles são os pais. A Mafalda enfiou-me logo a chupeta dela na boca (blharc), fez-me deitar no chão para dormir (ah que bom..) e começou a fazer festinhas na cabeça (heaven, i'm in heaven). Depois, para apimentar a brincadeira, desatei numa choradeira. A Mafalda olhava-me como se eu fosse um ET. O Tomás, mais prático, enfiou-me a chupeta na boca, novamente! Passado um bocado, comecei a fazer uma birra: "Eu quero ver televisão, não quero dormir!", na minha melhor imitação do Tomás. A Mafalda volta a olhar para mim como se eu fosse um ET e o Tomás diz "Está bem, está bem, eu ligo a televisão" (um pai muito permissivo, este meu Tomás). A seguir, volto a imitar o Tomás, numa das suas encenações dignas da Broadway e digo-lhe: "És o pior pai do mundo. Não gosto nada de ti. Quem me dera ter nascido com outro pai!" E, o meu rapazinho, desata a rir, porque se reviu nas palavras que às vezes nos diz e, diz:
"Já percebi, ser pai é MESMO difícil!"
Ao que eu lhe respondi (porque não quero assustar o puto e, um dia gostava de ser avó!):
"É muito difícil, às vezes, mas é TÃÃÃÃÃO bom, também..."
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