Foi ontem, 10 Abril.. E, nem liguei às minhas irmãs.
Tenho 2 irmãs e, o que sou, devo-o a elas. A minha irmã mais velha, ia fazer 14 anos quando eu nasci. Como não gostava nada da escola (é inteligente, sem dúvida, mas desinteressada!), saiu para vir para casa ajudar a criar a "menina"... É a minha madrinha de batismo e, sem dúvida nenhuma, uma 2ª mãe (ou até 1ª, porque as memórias de infância que tenho são com ela e não com a minha mãe!). Dormíamos juntas, tratava de mim, comprava-me brinquedos, batia-me quando eu me portava mal, para logo de seguida me abraçar quando eu começava a chorar, mandava-me para a escola... Penso que foi uma das grandes responsáveis por eu ter sido uma fedelha mimada. É a mulher com maior capacidade de trabalho que conheço, trabalha no duro, numa fábrica, mais de 12 horas por dia e, anda sempre bem-disposta, apesar de cansadíssima.
A minha irmã do meio fez 8 anos, 1 semana certa depois de eu nascer... Sempre tivemos uma relação de amor-ódio. Eu admirava-a e queria ser como ela - gira que se fartava, com paletes de gajos atrás dela, inteligente até à 5ª casa, muito disponível e de trato fácil, o que acabou por a fazer a preferida do meu pai (tirando as paletes de namorados, que deixavam o meu pai doido!) - mas ela, do alto dos seus mais 8 anos que eu, tratava-me como a criança que eu era e, partia-me o coração... E eu, fedelha mimada, dava-lhe cabo da vida com ameaças de contar coisas ao pai e, cheguei mesmo a pôr-lhe um olho negro, numa discussão mais acesa.
Pronto, isto tudo para dizer que, as minhas irmãs são do melhor que há e, estão sempre "cá dentro". E eu gostava taaaaanto de encurtar os quase 200 kms que nos separam... Gosto mesmo à brava das minhas "gajas boas".. Beijinhos, maninhas do meu coração!
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