terça-feira, 2 de abril de 2024

2022

2022 foi o ano que me fez órfã aos 44 anos. Em pouco mais de 8 meses desse fatídico ano, vi a minha mãe a definhar até desaparecer. 

Nesses meses experimentei uma montanha russa de emoções: medo, raiva, impotência, tristeza, ansiedade, choque, remorso, desespero, etc, etc, etc... Por mais que saibamos que é a ordem natural da vida, nunca estamos preparados para perder um pai. Ainda pior quando morre no dia de Natal. Nunca mais o Natal será vivido e sentido da mesma forma. 

No caso da minha mãe, a morte foi o fim de um sofrimento atroz e, é a esta premissa que me agarro com toda a minha força, para encontrar paz de espírito. Saber que a existência dela era insuportável e que já terminou, atenua bastante a dor da perda.

Espero de todo o coração que esteja num lugar melhor e que esteja finalmente em paz.

Até um dia, mãe.


15.08.1939 - 25.12.2022

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