De forma repentina e sem qualquer aviso, 20 meses depois de perder a minha mãe, perdi o meu pai.
Em pouco mais de 3 semanas, assistimos à ida do meu pai para o hospital, ao declínio quase de dia para dia, ao sofrimento e à incompreensão. Odiei vê-lo na cama de hospital, vulnerável, frágil, com a máquina de oxigénio a ocupar a cara toda. Eu e as minhas irmãs, sofríamos horrores nos dias maus e, ficávamos esperançosas nos dias "bons".
Ao contrário da minha mãe, que me "morreu" ainda em vida, o meu pai não nos preparou, pelo que o sentimento de desamparo é maior.
Mais uma vez, o fim do sofrimento é o que nos permite ter força para continuar.
Todos os dias sinto falta dos nossos telefonemas. Sinto falta de o ver.
Até um dia, pai.
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