O Tomás, ontem ao jantar:
"Hoje houve sobremesa ao almoço, lá na escola, mas ainda não sei o que era. Parecia pudim ou leite creme, mas não sabia a nenhum dos dois. Mas estava bom..."
Desabafos de uma mãe. Para mais tarde recordar e, provavelmente rir de tanta inexperiência junta...
O Tomás, ontem ao jantar:
"Hoje houve sobremesa ao almoço, lá na escola, mas ainda não sei o que era. Parecia pudim ou leite creme, mas não sabia a nenhum dos dois. Mas estava bom..."
Ontem estava a falar com o marido sobre problemas capilares e disse-lhe que devia ir ao tricologista. Ao que ele respondeu:
- "Especialista em tricot?"
Prestes a assinalar os 4 anos desde o início da pandemia, resolvi vir aqui fazer um throwback e recordar esse quase 1 ano e meio.
Foi assustador, por toda a incerteza que estávamos a viver, medos de contagiar e sermos contagiados por um vírus que se desconhecia.
Em 2020 estive com os meus pais apenas 3 vezes: em fevereiro, agosto e dezembro e, foi doloroso. As saudades foram difíceis, mas fizemos o que podemos para os proteger e, a verdade é que eles nunca tiveram Covid.
Por outro lado, vivemos estes tempos na nossa concha familiar, juntos a todas as horas do dia e, reforçamos a certeza de que gostamos mesmo da companhia uns dos outros.
Agradeci todos os dias por estar numa casa e não num apartamento, com espaço exterior para mitigar a sensação de claustrofobia que vivíamos.
Aproveitamos fins de semana para ir passear e fazer piqueniques na serra, longe de tudo e todos. Fizemos a bandeira do "vamos todos ficar bem", mesmo receando que não ficássemos; fizemos artesanato; pintamos pedras; fizemos jogos; desenhos; jardinagem; muitas pizzas caseiras; lemos livros; aprendemos receitas novas; fizemos muitas chamadas de vídeo; fizemos origamis e pulseiras de lã; caracóis foram adotados como animais de estimação; cortamos o cabelo uns aos outros; comecei a pintar o cabelo em casa; compramos uma piscina; saímos de autocaravana sempre que se podia sair do concelho; mandaram-me tantos memes sobre o Covid que o meu telefone já não tocava, tossia; bebemos vinhos bons; conhecemos locais incríveis de Portugal; fizemos vídeos para assinalar os aniversários dos nossos; colecionamos miniaturas do Lidl; fizemos testes Covid para estarmos com a família.
Enfim, fizemos o que pudemos para que a pandemia fosse o melhor possível, dentro do mau e, acho que fomos bem sucedidos.
Estou decidida a voltar ao blogue.
Sempre gostei imenso de escrever e, dava-me um gosto desmedido escrever aqui. Encaro isto como um diário da minha família, das minhas crianças (que já não são tão crianças assim...) e, é maravilhoso relembrar o que escrevi antes! Não sei quando foi que perdi a vontade, mas ela voltou!
Na verdade, o meu objetivo para o blogue era dar aos meus filhos recordações de quando eram pequenos e, isso estou a conseguir. Há dias, dei ao meu filho o link para o blogue e, ele chegou a casa a dizer que tinha rido imenso com algumas das coisas que eu tinha escrito. Isso, meus amigos, é o melhor reconhecimento que poderia ter.
Assim, já liguei o desfibrilhador, já carreguei a 300 joules e estou a apontar as pás... AFASTEM-SE TODOS.
Hoje a minha querida filha de 11 anos chateou-se comigo por não a ter acordado a uma hora que não me informou... Certamente que pensou nisso, mas não o fez!