sexta-feira, 6 de julho de 2012

Medos

Sou uma pessoa que tem medos, muitos medos. Uns mais reais, outros inventados pela minha imaginação hiper-activa. Tenho medo da velhice, tenho medo de perder os que amo, tenho medo de bichos (insectos e afins), tenho medo de morrer, tenho medo de falhar (em qualquer campo, pessoal, profissional, etc), medo que algum pedófilo me leve o miúdo (ok, a culpa é minha que gosto de ver "Mentes Criminosas") mas, o que me atormenta e paralisa mais é o meu medo de não ser uma boa mãe. Sei que a maternidade não é fácil (descobri há 4 anos, por experiência própria) mas, convenhamos que há crianças mais fáceis que outras (eu sei porque já as vi) assim como, convenhamos que também há mães mais fáceis que outras (também já as vi). A paciência não é a minha maior virtude, reconheço e aceito esse facto incontornável da minha personalidade mas, o meu filho, adora e faz questão de me testar todos os dias, várias vezes ao dia, uma coisa que não tenho. Birras, mau comportamento e teimosia são os gatilhos que fazem disparar a minha mão para o rabo dele ou a pô-lo no castigo, ou a ameaçar retirar qualquer coisa que ele goste. E, logo de seguida vem a culpa, essa malvada, quando ele começa a dizer que gosta tanto, mas tanto de mim e, que não volta a fazer asneiras (pois, pois...) Às vezes, dou por mim a pensar que não fui feita para ser mãe, para logo de seguida pensar que não trocaria esse papel por mais nenhum, porque a minha vida não faria sentido sem eles (o maior e a pequena)... Por outro lado, este menino que me tira do sério taaaantas vezes, é também o que me aquece o coração com as declarações mais melosas, o sorriso mais escancarado, com os beijinhos mais docinhos e os abraços mais apertadinhos. Amo-o de paixão e, fico sempre derretida com ele. E, quando ele me pergunta vezes sem conta ao dia: "Mãe, tu gostas de mim?". Nunca lhe conseguiria pôr por palavras, o que ele significa para mim, o quanto preenche o meu coração e, por quantos sorrisos meus ele é responsável. Por isso, limito-me a responder-lhe: "Se gosto de ti? Eu adoro-te, daqui até à lua! És o meu menino lindo."

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